9.7.10

Victoria - Rosamunde Pilsher


A gente nasce, cresce, reproduz e morre com o mesmo sonho: Que no final tudo dê certo.


Apesar de toda a vida moderninha, de saia rodada e salto alto, carro próprio, emprego bom, todo mundo sonha com a vida de margarina: um amor para toda vida – no meu caso um moreno alto, bonito e sensual que me ame e eu ame também. Que a vida seja fácil, divertida, linda, feliz, sempre feliz. Que até tenha algum percalço, mas que esse termine rápido com um beijo enxugando a lágrima e à partir daí começaria o primeiro momento do resto de minha vida.

Porém nem tudo são flores, nem todo moreno é alto, nem todo alto é bonito, nem todo bonito é sensual e, estatisticamente falando, a chance de eu amar a quem me ama num mundo com bilhões de pessoas onde eu não tenho nenhum controle sobre o meu coração é um tanto quanto baixa... apesar de acontecer às vezes.

Acontece que essa foi uma semana feliz, em companhia de uma família feliz, em um momento maravilhoso e para mim esses ´´pedaços de vida´´ são o que eu chamo de felicidade.

Sendo assim, em busca de alguns outros ´´pedaços´´ eu me entreguei à Rosamunde Pilsher para viver um conto de fadas enquanto esperava meu vôo, que infelizmente não era para a Escócia.

Dúvida cruel: Porque a maioria dos romances termina no casamento?? Depois dele tudo é lindo ou o romance acaba ali?

4 comentários:

katy disse...

oi cris, tenho minhas reservas quanto ao casamento e ao conto de fadas da "vida margarina", mas pelo menos 1 vez na vida a gente tem esse desejo né?!!! de que seja perfeito como m conto de fadas. eu também quero meu príncipe e um jardim, assim como esse da capa de seu livro. quem sabe um dia... bjss

Cris disse...

Escrevi uma vez sobre príncipes encantados. Vou ter que procurar o texto, mas dizia algo sobre eu preferir homens de verdade. Mas sou romântica e ainda acredito em finais felizes, não necessariamente encantados.

Isabel Dasp disse...

Ai, ai, ai... Esse assunto, não gosto muito de falar, porque quando se está casado, existem dias que tudo é um comercial de margarina, mas também há dias em que vivemos pesadelos... Mas eu acredito em príncipes, não que eles vão aparecer como no conto da Cinderela. Mas que cada pessoa, sim um dia vai encontrar um parceiro pra todas as horas, como disse Dalai Lama: "Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra."
Mas todo romance acaba em casamento, ao meu ver (e humilde ver) porque pra mim, é encontrar alguém, que queira a mesma coisa coisa, que tu, os mesmos desejos e objetivos que possa conciliar em uma vida em comum, mesmo que cada um, possa ser uma coisa completamente diferente da outra... O que explica pra mim, o porque os opostos se atraem. Mas também há outro lado da moeda... Como é o meu caso, se eu não tivesse casada, vivendo como uma digna senhora do lar, minha vida teria "(...)vida moderninha, de saia rodada e salto alto, carro próprio, emprego bom(...)"? Só Deus pra saber...

Cris disse...

o engraçado é que Rosamunde Pilsher, assim como Jane Austen (pelo menos os livros que li) nunca escrevem sobre o depois do casamento. E o único conto de fadas que descreveu o depois foi Shrek. kakakakakaka

Ainda à espera daquele amor. Qual a chance de eu me apaixonar pelo entregador de água mineral? (e vice versa?)