27.7.10

DISCIPLINA LIMITE NA MEDIDA CERTA - Içami Tiba

Não gosto muito de livros de auto-ajuda, sempre com aquelas filosofias de que é possível ser feliz, com mil maneiras nada praticáveis.
Mas esse livro me chamou uma atenção, especial.
Hoje em dia muito se é discutido como devemos educar nossas crianças. Que limites devem dar a elas? A educação mudou muito nos últimos anos, e absolutamente toda a educação, desde o nome, e a organização dos colégios, como no ensino. Dada as novas tecnologias, e o pensamento humano, mais às famílias em sua formação, também mudaram de uma maneira acentuada. Encontramos, uma nova geração de crianças, que aos 2, 3,4 anos que já sabem mexer no computador. São espertos, e convivem com a televisão como babá. Sabem manipular o controle remoto do DVD, vivem mais dentro de casa, do que na rua (pela violência, que também cresceu), entram em escolinhas de educação infantil muito cedo, e os pais ambos a maioria trabalha. As gerações, que temos de 80 anos pra cá, e em cada infância de cada geração, sofreu uma mudança absurda. Os pais dos pais de hoje viveram numa era em que sofriam pelos seus avós uma educação totalmente repreensiva (autoritarismo total) por conseqüência seus filhos os pais de hoje, tiveram uma educação de liberdades, (seja amigo do seu filho!) E a geração atual (os pais de hoje) se perderam, não sabem mais o que é disciplina, responsabilidade, liberdade ou limite. Na escolinha, colégio, o professor dá uma orientação, o psicólogo dá outra orientação, e os avós, dão outra completamente diferente.
Eu sou mãe, de uma guriazinha de 4 anos, desde da minha "barriga", penso, nesse assunto, procurando um manual do certo e errado, e em busca dele, pequei tanto, que acabei no psicólogo, mas por educar demais.(mesclando todas essas filosofias de educação, óbvio que não chegava a lugar nenhum, nem eu e nem ela!).
Agora a nova discussão da nova lei sobre não bater, dar beliscões, e etc em crianças... O que a maioria da população é contra, pois foram educados por essas maneiras.
O livro do Içami Tiba é um guia, completo, para os pais, avós, responsáveis, e uns bons capítulos para os educadores. (Pois até os professores, coitados, não sabem mais como agir, diante daqueles alunos e PAIS!!!!! Que tratam aquela pessoa que está ensinando para o seu filho como mero, adquirente de serviços, e eles os clientes.).
Se a nossa economia cresce, hoje, precisamos de pessoas capazes para levar isso adiante, e nessa nova geração que se forma, serão os cidadãos do futuro, e se não houver uma intensificação do pensamento, que a disciplina dos nossos ‘serzinhos’ humanos, não vai adiantar de nada! O livro mostra com uma linguagem simples, explicações de crianças, que são mimadas, e como se tornam no futuro, no contra-ponto ele mostra também como moldar e o que fazer, para os pais e avós devem agir de uma  maneira correta. Mas antes de qualquer disciplina imposta aos filhos, devemos ver, que se os pais, avós, não tiverem a mesma postura, que tanto querem que os filhos sigam, não adianta pregar algo, que o não fazem, ou seja, os famosos dizeres: -Você é o exemplo!

26.7.10

Dia do Escritor - 25 de Julho

Parabéns, a todos os Escritores!


Dar asas ao pensamento e à criatividade, sendo capaz de transportar as pessoas para outros mundos e outras épocas. Transmitir informações, despertar o censo crítico, fazer aflorar emoções e formar opiniões. Cultivar o lado lúdico e ajudar a desenvolver o gosto pela escrita e pela leitura.


Estes são os papéis dos escritores, que hoje comemoram o seu dia. De forma profissional ou não, eles são pessoas que dedicam boa parte do tempo às letras, muitas vezes fazendo da escrita algo apaixonante e essencial em suas vidas.

"Tecnicamente, o escritor é uma pessoa que publica livros e tem uma relação direta com o ato de escrever. Porém, ser escritor é muito mais do que isso. Muitos escritores, assim como eu, fazem da literatura sua vida e não conseguem mais viver sem escrever. A grande maioria começa como leitores e acaba fazendo da leitura algo vital", diz o escritor catarinense Cristóvão Tezza, que há vários anos vive no Paraná e tem treze romances publicados.

Em um país em que as pessoas leem muito pouco, ser escritor também é um desafio. Segundo um levantamento do Instituto Pró-livro, o brasileiro lê, em média, 1,3 livro por ano. A quantidade é considerada bastante pequena. "Hoje, existem muitos projetos de incentivo à leitura, mas mesmo assim as pessoas leem pouco. Ao contrário do que se possa pensar, isso não deve ser encarado como um desestimulo aos escritores, mas sim como um desafio", afirma a escritora curitibana Adélia Maria Woellner, que tem dezenove obras lançadas.

Outro problema é relativo à publicação dos livros no Brasil. Na opinião do diretor da Editora Instituto Memória, da capital, Anthony Leahy, no País, escritores que não são famosos ou sensacionalistas acabam não tendo espaço ou ocupando as prateleiras mais baixas das livrarias. "Muitas vezes, se o escritor não é conhecido, acaba não sendo nem respondido pelas editoras. No Brasil, elas têm mais preocupação com as oportunidades mercadológicas do que com a construção de uma identidade cultural nacional".

O escritor e jornalista Ernani Buchmann - que é catarinense, mas mora há 51 anos em Curitiba, tendo nove obras lançadas -também atribui as dificuldades de lançamento ao fato de ainda existir um número pequeno de editoras no Brasil. "O tempo de análise das obras costuma ser longo, pois as editoras recebem muitas e têm dificuldades para responder aos autores. Quando há o lançamento, também ocorrem problemas com a distribuição. Isto faz com que muitas obras fiquem "encalhadas' e não cheguem ao grande público", declara.

No Paraná, a realidade é a mesma do restante do Brasil. O jornalista e escritor Dante Mendonça, que acaba de ser eleito para ocupar a cadeira de número 1 da Academia Paranaense de Letras e tem sete livros lançados, diz que o Estado ainda tem o agravante de ter poucas livrarias localizadas em cidades do interior. "Acredito que os curitibanos leem mais do que o restante dos paranaenses, pois têm mais acesso aos livros. No Estado, faltam boas editoras e os problemas relativos à distribuição também são visíveis".

Dante também critica o fato de os escritores locais não serem valorizados dentro do Estado. "A produção do Paraná é muito boa e o Estado tem escritores de peso importante inclusive na literatura nacional. Porém, muitos não são valorizados, inclusive pelos órgãos governamentais". Como exemplo da desvalorização, Dante comenta que nunca vendeu um único livro para a prefeitura de Curitiba ou para o governo do Estado. "O mais triste disso é que tenho livros que tratam de Curitiba e do Paraná".

Internet

Apesar das dificuldades, nos últimos anos a internet vem sendo considerada um instrumento de grande auxílio na divulgação literária. A ferramenta é valorizada pela grande maioria dos escritores, entre eles Cristóvão Tezza, que sempre escreveu seus livros à mão. Apenas o último, Filho eterno, e o próximo, Um erro emocional, que será lançado no próximo mês de setembro, foram escritos no computador.
"Confesso que tenho dificuldades em ler um livro na tela do computador, mas as novas gerações já são mais acostumadas com isso. Hoje, a internet tem espaços literários de grande importância. Além disso, são muitas as revistas e jornais digitais que contribuem com o hábito da leitura", declara
.

20.7.10

Infiel - Ayaan Hirsi ALi


Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?

À pouco escrevi um texto onde eu assumo que gostaria de sumir na obscuridão das idéias, que queria me alienar e ser feliz em minha ignorância. De repente, numa forma de fugir à minha própria vida eu mergulho num livro que me abre um outro mundo totalmente diferente e disforme, um mundo onde os homens são proibidos de pensar, onde às mulheres é reservada a obrigação de se submeter, onde “escolher” se alienar não é uma opção e sim obrigação sagrada. Um mundo onde a violência é incentivada e encontra eco num livro religioso.

Infiel não é um livro que chora as mágoas de pessoas que sofreram nas mãos do Islã, não é a história trágica de uma vítima que sobreviveu, não é uma peça de acusação nem uma desculpa. É simplesmente a história pessoal de alguém que soube inquirir, que aprendeu a pensar por si só, que seguiu suas convicções e que fez algo para mostrar ao mundo o que ela achava que era errado.

Essa pessoa poderia ser uma pessoa qualquer, poderia ser eu ou você, desde que tivéssemos a coragem de sair desse comodismo inerte em que vivemos, que conseguíssemos pensar e debater consigo mesmo para formar uma opinião consistente e que, principalmente, nos permitíssemos mudar de opinião sempre que víssemos o erro.

Essa pessoa “qualquer” se chama Ayaan Hirsi Ali, autora de Infiel. Um livro com tantas informações que me deixou com vergonha, com a sensação de estar simplesmente parada vendo o mundo rodar. Um livro que precisarei ler de novo para apreender a idéia, aprender a história e tirar minha próprias conclusões.

18.7.10

a trilogia do amor - betty milan

eu fui apresentada a literatura erótica por um estranho. sempre soube que não gostava de pornografia e acho que por isso fiquei meio preocupada em me enveredar por essas trilhas, mas quando li anais nin percebi que pornografia, vulgaridade e erotismo são coisas muuuuuito diferentes.
então, fiquei muito feliz quando ouvi falar de "a trilogia do amor". eu gostei do resumo do livro e resolvi comprar.
"a trilogia do amor" reúne 3 histórias: o sexophuro, a paixão de lia e o amante brasileiro. o que mais gostei foi o amante brasileiro, talvez porque seja o mais real de todos. o sexophuro fala de um casal que se separa depois de anos de casados e depois eles passam a ser amantes!!!!!!!! aahhhhhhh
a paixão de lia é mais fantasia. a lia fica só imaginando as situações, nada é real.
e o amante brasileiro conta a história de um casal que namora a distância. ele em paris e ela no rio de janeiro. eles trocam e-mails pra manterem o amor vivo. o final é muuuuuito bom, diferente do que pensei. real...
acho que a trilogia do amor é um bom livro pra quem quer começar o caminho da literatura erótica.

16.7.10

querido john - nicholas sparks


nicholas sparks é um especialista em histórias de amor, aquelas água-com-açúcar que quase todo mundo já leu ou vai ler pelo menos uma vez na vida. eu confesso que comprei esse livro porque ele tá super badalado, é um best-seller e eu adoro livros com nomes de pessoas, pena que ninguém nunca escreveu um livro com o meu nome.
lendo a capa e as orelhas do livro descobri que sparks escreveu "diário de uma paixão" e "um amor para recordar", livros que viraram filmes, que diga-se de passagem, eu assisti e adorei!!!!!!!!
voltando ao livro da vez, "querido john" conta história de john e savannah, dois jovens que se conhecem quando john está de licença do exército. ele se alistou porque sua vida não tinha muito sentido e, naquele momento, pareceu ser a coisa certa a se fazer. quando ele teve sua primeira licença, foi pra casa e conheceu savannha, que estava na cidade com um grupo de amigos pra trabalhar como voluntária na contrução de casas para pessoas pobres. eles se apaixonaram e, quando john voltou para o exército, eles prometeram continuar namorando por cartas, telefonemas, até que o tempo dele de alistamento terminasse, dali a 1 ano e meio.
no começo tudo foi bem, ele teve mais uma licença de duas semanas, onde eles ficaram juntos e ela perdeu a virgindade com ele e blá, blá, bla. adiantando a história, quando john estava quase voltando de vez pra casa, aconteceu "o 11 de setembro" e ele se realistou no exército por mais 2 anos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! no começo ela entendeu, afinl foi "o 11 de setembro", mas como eu sabia, amores a distância não funcionam. ela se apaixonou pelo seu melhor amigo, que john conhecia, e se casou com ele. ela terminou o relacionamento com john por carta, quando ele estava servindo no iraque. ele se realistou de novo novamente. os anos passaram e o pai de john morreu. ele voltou pra casa, pra cuidar do enterro do pai e das coisas que ele havia deixado. john não resistiu e foi a casa de savannah. lá ele descobriu que tim, o marido dela, estava morrendo de câncer. ele passou uns dias com ela no hospital, ajudando na casa e dando apoio. eles perceberam que ainda se amavam, mas john sabia que nunca mais as coisas seriam iguais entre eles dois. então, quando a situação ficou insuportável, ele foi embora e vendeu a coleção de moedas raras que seu pai colecionou durante uma vida inteira, para pagar o tratamento de tim num hospital importante, desses que fazem tratamento experimental para pacientes terminais de câncer. o tim ficou bom, john e savannah se despediram de verdade, conseguiram dar adeus pessoalmente, e não por carta, como ela havia feito anos antes. savannah ficou com tim, mesmo amando john, que amava savannah.
quando assisti as adaptações dos livros de sparks, percebi que ele não vê o amor como uma história cheia de problemas que no final são resolvidos e dão espaço ao "final feliz". ele vê o amor como algo maior, mágico, único, altruísta. quando você ama alguém, ama de verdade, você quer o melhor pra pessoa, mesmo que o melhor não seja você. eu me sinto bem quando leio ou assisto as histórias de sparks. conforta-me saber que dessitir também é amar, de um jeito diferente, nem melhor, nem pior, só diferente.

A Rosa do Povo - Carlos DRUMMOND de Andrade

A poesia é diferente da história, do conto. Na história e no conto o autor 'te leva" a lugares, "te faz usar" usar a imaginação de uma forma teatral e até novelesca, como numa sala de cinema assistindo ao filme, com a liberdade das pausas e reflexões.
A poesia é deixar-se ver, verdadeira alma das palavras, numa sensibilidade que ultrapassa ao toque. E as vezes não só essa sensibilidade é participativa mas o que existe por detrás de todas as palavras.
Drummond é poesia inteligente, na primeira leitura faz sentir o "toque aveludado" da palavra, mas na segunda leitura a poesia que antes tinha toda uma beleza gramatical passa a fazer sentido cada estrofe, desvendando o mistério do "labirinto" interior que ela representa verdadeiramente.
Assim é no poema:

Os Últimos Dias

Que a terra há de comer.
Mas não coma já.

Ainda se mova,
para o ofício e a posse.

E veja alguns sítios
antigos, outros inéditos.

Sinta frio, calor, cansaço;
pare um momento; continue.

Descubra em seu movimento
forças não sabidas, contatos.

O prazer de estender-se; o de
enrolar-se, ficar inerte.

Prazer de balanço, prazer de vôo.

Prazer de ouvir música;
sobre papel deixar que a mão deslize.

Irredutível prazer dos olhos;
certas cores: como se desfazem, como aderem;
certos objetos, diferentes a uma luz nova.

Que ainda sinta cheiro de fruta,
de terra de chuva, que pegue,
que imagine e grave, que lembre.

O tempo de conhecer mais algumas pessoas,
de aprender como vivem, de ajudá-las.

De ver passar este conto: O vento
balançando a folha; a sombra
da árvore, parada num instante,
alongando-se com o sol, e desfazendo-se
numa sombra maior, de estrada sem trânsito.

E de olhar esta folha, se cai.
Na queda retê-la. Tão seca, tão morna.

Tem na certa um cheiro, particular entre mil.
Um desenho, que se produzirá ao infinito,
e cada folha é uma diferente.

E cada instante é diferente, e cada
homem é diferente, e somos todos iguais.
No mesmo ventre o escuro inicial, na mesma terra
o silêncio global, mas não seja logo.

Antes dele outros silêncios penetrem,
outras solidões derrubem ou acalentem
meu peito; ficar parado em frente desta estátua: é um torso
de mil anos, recebe minha visita, prolonga
para trás meu sopro, igual a mim
na calma, não importa o mármore, completa-me.

(...)

E a Tristeza de deixar os irmãos me faça desejar
partida menos imediata. Ah, podeis rir também,
não da dissolução, mas do fato de alguém resisti-lhe,
de outros vivem depois, de todos sermos irmãos,
no ódio, no amor, na incompreensão e no sublime
cotidiano, tudo, mas tudo é nosso irmão.

O tempo de despedir-me e contar
que não espero outra luz além da que nos envolveu
dia após dia, noite em seguida a noite, fraco pavio,
pequena ampola fulgurante, facho, lanterna, faísca,
estrelas reunidas, fogo na mata, sol no mar,
mas que essa luz basta, a vida é bastante, que o tempo
é boa medida, irmãos, vivamos o tempo.

A doença não me intimide, que ela não possa
chegar até aquele ponto do homem onde tudo se explica.

Uma parte de mim sofre, outra pede amor,
outra viaja, outra discute, uma última trabalha,
sou todas as comunicações, como posso ser triste?

A tristeza não me liquide, mas venha também
na noite de chuva, na estrada lamacenta, no bar fechando-se,
que lute lealmente com sua presa,
e reconheça o dia entrando em explosões de confiança, esque-
                                                                      [cimento, amor,
ao fim da batalha perdida.

Esse tempo e não outro, sature a sala, banhe os livros,
nos bolsos, nos pratos se insinue: Com sórdido ou potente clarão.
E todo mel dos domingos se tire;
o diamante dos sábados, a rosa
de terça, a luz de quinta, a mágica
de horas matinais, que nós mesmos elegemos
para nossa pessoal despesa, essa parte secreta
de cada um de nós, no tempo.

E que a hora esperada não seja vil, manchada de medo,
submissão ou cálculo. Bem sei, um elemento de dor
rói sua base. Será rígida, sinistra, deserta,
mas não quero negando as outras horas nem palavras
maduramente pensados, os atos
que atrás de si deixaram situações.
Que o riso sem boca não a aterrorize,
e a sombra da cama calcária não a encha de súplicas,
dedos torcidos, lívido
suor de remorso.

E a matéria se veja acabar: adeus composição
que um dia se chamou Carlos Drummond de Andrade.
Adeus minha presença, meu olhar e minhas veias grossas,
meus sulcos no travesseiro, minha sombra no muro,
sinal no meu rosto, olhos míopes, objetos de uso pessoal, idéias
                                              [de justiça, revolta e sono, adeus,
vida aos outros legada.

14.7.10

a história de fernão capelo gaivota - richard bach


hoje eu fui visitar um sebo que abriu ao lado do meu curso de inglês. encontrei uns livros legais e entre eles estava "a história de fernão capelo gaivota". é uma impressão antiga, amarelada e com uma dedicatória de 1979.
o livro conta a história de fernão, uma gaivota que queria aprender a voar. eu sempre achei que as gaivotas já soubessem voar, mas não é bem assim. fernão queria mais do que planar e pegar peixes, ele queria voar de verdade, bem alto e rápido, queria fazer acrobacias no céu e ir até onde nenhuma gaivota conseguiu chegar. mas, pra fazer isso ele precisava ir de encontro as regras de seu bando e ele foi!!!!!!! aprendeu a voar e foi expulso, banido do bando para sempre. passou muitos anos sozinho, treinando seu vôo e um dia passou para uma outra vida, onde encontrou outras gaivotas como ele, ávidas por conhecimento. ele aprendeu mais algumas coisas e resolveu voltar no tempo para ajudar outras gaivotas que assim como ele queriam voar e tinham sido banidas de seus bandos. deu aula para algumas gaivotas e voltou para sua família. mesmo não sendo bem aceito, ele não desistiu, ficou lá e atraiu outras gaivotas para suas aulas de vôo. com o tempo sua família percebeu que havia cometido um erro ao expúlsa-lo e ele continuo ensinando jovens a voar.
li esse esse livro em 2h e ele me fez pensar nos desafios que a vida nos apresenta. às vezes precisamos fazer algo que ninguém acha que devemos fazer e pagamos um alto preço por isso, pagamos um alto preço pela sede de conhecimento, por contrariarmos o comum, o "todo mundo", as regras. acho que todo mundo deveria ter um pouco de fernão capelo gaivota, todos deveriam arriscar, pagar o preço, se atirar de cabeça em um vôo perigoso, mas necessário para o crescimento de qualquer ser humano.

9.7.10

Victoria - Rosamunde Pilsher


A gente nasce, cresce, reproduz e morre com o mesmo sonho: Que no final tudo dê certo.


Apesar de toda a vida moderninha, de saia rodada e salto alto, carro próprio, emprego bom, todo mundo sonha com a vida de margarina: um amor para toda vida – no meu caso um moreno alto, bonito e sensual que me ame e eu ame também. Que a vida seja fácil, divertida, linda, feliz, sempre feliz. Que até tenha algum percalço, mas que esse termine rápido com um beijo enxugando a lágrima e à partir daí começaria o primeiro momento do resto de minha vida.

Porém nem tudo são flores, nem todo moreno é alto, nem todo alto é bonito, nem todo bonito é sensual e, estatisticamente falando, a chance de eu amar a quem me ama num mundo com bilhões de pessoas onde eu não tenho nenhum controle sobre o meu coração é um tanto quanto baixa... apesar de acontecer às vezes.

Acontece que essa foi uma semana feliz, em companhia de uma família feliz, em um momento maravilhoso e para mim esses ´´pedaços de vida´´ são o que eu chamo de felicidade.

Sendo assim, em busca de alguns outros ´´pedaços´´ eu me entreguei à Rosamunde Pilsher para viver um conto de fadas enquanto esperava meu vôo, que infelizmente não era para a Escócia.

Dúvida cruel: Porque a maioria dos romances termina no casamento?? Depois dele tudo é lindo ou o romance acaba ali?

6.7.10

Um Copo de Cólera - Raduan Nassar


Acabei de ler meu 18o livro do ano - extremamente atrasada para minha meta de 50 livros em 2010.

O que posso dizer sobre Um Copo de Cólera?

Fascinante!!! A mais perfeita descrição de um ataque de TPM masculina e de como cada um sabe aquilo que o deixa feliz - sem julgamentos alheios.

Vou precisar ler de novo para pegar melhor os detalhes daquela manhã. Mesmo assim não sei se é um livro que eu recomendaria para iniciantes ou alguém não tão apegado aos prazeres da leitura.

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"... e estava assim na janela, quando ela veio por trás e se enroscou de novo em mim, passando desenvolta a corda dos braços pelo meu pescoço, mas eu com jeito, usando de leve os cotovelos, amassando um pouco seus firmes seios, acabei dividindo com ela a prisão a que estava sujeito, e, lado a lado, entrelaçados, os dois passamos, aos poucos, a trançar os passos, e foi assim que fomos diretamente pro chuveiro."


"O corpo antes da roupa", afirma o personagem de Um copo de cólera ao narrar o que acontece numa manhã qualquer, depois de uma noite de amor, quando a aparente harmonia entre ele e sua parceira se rompe de repente. Tensa, contundente, a linguagem de Um copo de cólera alcança tal intensidade e vibração que faz desta narrativa uma obra singular da literatura brasileira, um clássico dos nossos tempos

Sinopse. (http://www.skoob.com.br/livro/4975)

5.7.10

O que cabe em duas malas - Veronika Peters


2:20 da manhã e mais uma vez eu me perco noite adentro por causa de um livro. Dessa vez eu estava em uma viagem interior, num convento na Bavária.


O que cabe em duas malas? Acabei de meu mudar e nesses últimos 2 meses tenho justamente me perguntado por que ou para que juntamos tanta coisa. E ao mesmo tempo, enquanto tento encontrar lugar para meus pertences nesse apartamento sem armários, faço planos de mais aquisições. Até que ponto é necessidade e até que ponto é vaidade ou consumismo puro?


Se hoje, por algum motivo qualquer (que eu secretamente desejaria que fosse um motivo específico), eu precisasse ir com apenas duas malas... o que cabe em duas malas? O que eu deixaria para trás? O que já está enraizado em mim?


Sim, eu queria ser mais humilde e simplista. Não, não sou egoísta e tento distribuir coisas que não uso ou que são mais úteis para outras pessoas, mesmo assim ainda tenho um grande apego material às MINHAS coisas. Funciona como se cada ítem me lembrasse como e onde foi obtido. É como se a história de cada um fosse mais importante que a coisa em si, pois essa história é a minha história, são pedaços da minha vida e ... bom, está soando como desculpa para eu continuar acumulando coisas.


“Nada de garantias, nada de velharias” - frase do livro.


Ainda estou em busca de minhas próprias respostas e como exercício interior farei um levantamento: O que eu levaria em apenas 2 malas???


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"O que faz uma jovem comum abandonar casa, carro, emprego, amigos e um candidato a namora, para entrar num mosteiro? Quem são as pessoas que ela encontra lá dentro? O que sobra de nós no silêncio, longe do burburinho das ruas, da diversão e das expectativas sociais? "


Sinopse retirada da capa do livro.