10.10.11

Dicas

Faz tempo que não escrevo aqui, mas isso não quer dizer que não tenho lido. Ao contrário, estou lendo compulsivamente. Já reparei que ler é meio que como uma fuga pra mim. Se eu estou bem, leio. Se não estou bem, leio mais ainda.

Quero deixar três dicas de leitura.

1- Mirian Goldenberg: conheci essa autora por pura coincidência. Nunca tinha ouvido falar dela até que comprei um livro na estante virtual, chamado Infiel, de Ayaan Hirsi Ali. Tudo certo com a compra, só que o livro que chegou à minha casa foi Infiel, de Mirian Goldenberg. O vendedor se dispôs a trocar o livro, mas eu resolvi pagar por ele também, e não me arrependi.Mirian é antropóloga e escreve sobre gênero. Na universidade, conhecia um grupo de estudos que debatia gênero, mas sempre achei chato. Lendo o texto de Mirian, mudei completamente de opinião. Ela aborda a questão da mulher, dos grupos minoritários, estigmatizados,... Já comprei outros três livros dela, e recomendo pra quem gosta desse assunto.

2- Infiel, de Ayaan Hirsi Ali: O livro de Ayaan chegou à minha casa, finalmente. Ele foi recomendado pela Cris, e eu sempre sigo as recomendações literárias dela, porque são ótimas. Infiel conta a história de uma mulher da Somália que foi criada nos costumes mulçumanos. Acontecem inúmeras coisas na vida dela, que não caberiam nesse port. Mas, resumindo, ela foge para Holanda, onde se torna deputada. Depois vai para os Estados Unidos, pois foi ameaçada de morte por alguns mulçumanos, que mataram um de seus melhores amigos, pois ele fez um filme criticando alguns pontos dos costumes mulçumanos. Ayaan entrou pra minha lista de “heróis”. Ela tinha tudo pra viver se lamentando da vida, mas não perdeu tempo com isso. Foi à luta e venceu. Não importa se um dia a ameaça de morte vai ser cumprida. Ela venceu e, pode não ter mudado a vida de todos que gostaria, mas ela fez mais do que muita gente em uma vida inteira.

3- Luiz Alfredo Garcia-Roza: Outra recomendação da Cris, Garcia-Roza já ganhou vários prêmios e foi publicado em nove países. Até agora eu só li “O silêncio da Chuva”, mas outros três livros dele já estão a caminho de casa.“O silêncio da chuva” é um livro policial, com suspense, romance, ação,... Eu comparei um pouco com os livros do Stieg Larsson, que amo de paixão!!!! Acho que ele pecou um pouco no final, podia ter desenvolvido mais algumas histórias dentro do romance, mas, ninguém é perfeito. Adorei o detetive Espinosa, personagem que desvenda os crimes. Ele não é como os mocinhos comuns das histórias. Faz mais um estilo” cafa”, mas muito profissional, correto. Vou me encontrar com ele em outras páginas.

9.10.11

O mundo pós-aniversário, de Lionel Shriver


Dejavu é o nome que se dá àquela sensação de já ter visto ou vivido alguma coisa. E quanto à sensação de já ter SENTIDO algo?


Essa sou eu ao terminar de ler O Mundo Pós-Aniversário, de Lionel Shriver. Definitivamente eu não vivi a mesma história, mas eu senti a mesma coisa. E agora, pensando com um pouco mais de imparcialidade eu me pergunto, quem não sentiu?

No livro, a heroína se vê em um daqueles momentos cruciais da vida onde uma escolha é literalmente um divisor de águas. Ou vai ou racha. A opção por um único lado do muro. O ser ou o não ser. A escolha que não volta atrás.

De uma maneira inteiramente nova (para mim, pelo menos) a autora conduz os dois lados da história. A sorte foi lançada e todas as consequências vieram à tona. Ela (a heroína) não sabe exatamente o que deixou para trás, mas nós sabemos, nós acompanhamos, paralelamente, e em tempo real.

Mas além de toda a maestria da autora em levar simultaneamente duas histórias (como se já não fosse suficientemente difícil escrever um único romance), o incrível é que apesar de achar que seria óbvio pensar em todas as minhas própria escolhas irrevogáveis, eu só consegui me concentrar em como parecia que ela estava lendo meu coração de um tempo atrás. E, principalmente, como ela poderia descrever um estado de espírito tão idêntico ao meu, mas ligado á uma história tão diferente da minha.

A heróina fez sua escolha, nós fomos brindados com as duas continuações, sem a frustração de não saber como teria sido o outro caminho, mas a mim... bem, eu respondi minha pergunta:

Qual o nome que se dá à sensação de já ter SENTIDO algo? Eu dou o nome de carapuça!

25.9.11

1808 - Laurentino Gomes


Eu poderia, ter escolhido, qualquer outro livro, na feira do livro de porto alegre.
Era véspera de meu aniversário, e estar naquela orgia literária, ao meu dispor, mechia demais com a minha ânsia infantil, diante da livre escolha.
Há algumas semanas antes, escutava no rádio, que Laurentino Gomes estava na feira, para uma sessão de autógrafos, e para entrevistas sobre a trilogia dos livros, que havia escrito.
Era sucesso de vendas e crítica. O resporter que o entrevistava, comparava-o com Erico verissimo da história, sendo também o jornalista desta também.
Meus ouvidos atentos, sobre o que dizia sobre o livro, fiquei eufórica, para tê-lo em mãos, e saborear a leitura.
Na feira o livro, era destaque em todas as bancas. O preço acessível. Comprei sem exitar.
Quando começei a ler, vi já de antemão, que a linguagem usada, era das melhores. Um jornalista, contando história, que era o relato verdadeiro.
Uma conversa informal básicamente, com detalhes curiosos de como o Brasil, iniciou a sua 'trajetória'com a chegada da família real portuguesa.

Sem meias palavras, o autor mostra fielmente o que foi o Brasil. Como o bonachão Dom João escapou de napoleão, e que vejo pela primeira vez alguém mostrar um lado inteligente do príncipe que passou sempre pela história como o maior medroso da 'parada'.
A chegada da família Real no Brasil foi dada por 'impulsos' de um destino adiado, mas que em seu benefício, veio a calhar na melhor hora. Fugindo de napoleão e com a ajuda da corte inglesa, esta visando os melhores benefícios, Dom João chegou ao Brasil, para mudar e transformar toda uma nação!
Longe de ser aquilo que imaginavámos em nossos pensamentos luxuosos, a viagem e toda a extrutura que o Brasil lhe oferecia era algo de tal precariedade, que as pinturas feitas por artistas vindos da europa usaram até de uma gentileza (mesmo retratando algumas cenas substanciais do cotidiano brasileiro) como pano de fundo as belezas naturais do país.
O Brasil (lendo este livro) mostra-me que sua 'ordem e progresso' é demasiada lentidão e se dá por uma 'pausa' em relação a sua proposital não-manifestação e o domínio obrigado do não intelectualismo e liberdade de expressão entre a própria educação, absolutamente desde aquela época. Não só isso, mas vivia-se em período praticamente (quase idade-média), com inquisições, exageros do catecismo por padres que já mantinham a autoridade em terras lusitanas a ponto de cometer verdadeiros absurdos que respinguavam nas decisões da corte portuguesa.
Isso explica, o porque de tantas igrejas católicas em cada bairro deste país, dentro de cada cidade. Sim, Portugal, era o país mais carola da Europa!
E se Carlota Joaquina tivesse conseguido, tomar o poder, diante de tantos golpes (todos derrotados) sobre seu marido? O Brasil teria virado outro, talvez mais moderno, pois Carlota não medrosa e muito menos carola. Mas a história quis assim. Também mudando a paisagem de um Rio janeiro que se hoje sofre consequências catastróficas da natureza, é porque nessa época desvalorizaram o que tinha de mais lindo: Suas belezas naturais, cometendo o que seria hoje, crime ambiental hediondo!
E o que dizer sobre os escravos? Pois este autor, explica o que não lemos nos livros de história. O ser humano, era tratado pior que bicho! Lamentável e triste!
Livro, pra aprender e esclarecer, de leitura viciante!

18.9.11

Quarto, de Emma Donoghue

Eu lembro que teve um período em que casos como o de Natascha Kampusch começaram a aparecer com frequência na mídia.

Mulheres que foram mantidas em cárcere privado por anos, muitas vezes sendo estupradas, engravidando e tendo seus filhos no cativeiro, sem ajuda de ninguém. Esses filhos cresceram no cárcere com suas mães, sem tomar conhecimento do mundo existente do lado de fora.

Quarto conta a história de mais uma Natascha, mas pela voz de um garoto de cinco anos. Uma criança que nasceu no Quarto, o lugar pra onde sua mãe foi levada, aos 19 anos, após ser sequestrada.

Jack é um menino incrível, e ler a história pela voz dele torna tudo mais intenso.

Sua mãe faz de tudo pra que ele não perceba o que está acontecendo. Até os seus cinco anos, ele não sabe que está preso num cativeiro com sua mãe, pensa que as coisas que vê na TV são de um mundo inventado, que não existe. Tudo o que é real para ele está no Quarto.

Mas, o tempo de sua mãe está acabando. Ela não pode mais, depois de sete anos trancada ela começa a perceber que precisa sair, ou vai enlouquecer. Eles armam um plano de fuga, que dá certo. Mas, quando finalmente estão do lado de fora, ela e Jack sentem-se mais prisioneiros do que nunca. Ele tem que aprender tudo sobre um mundo novo, que é jogado em seus braços de uma única vez. E sua mãe tem que reaprender a conviver com as pessoas, a viver do lado de fora do Quarto.

A história é humana e emocionante. Recomendo!

7.8.11

Ensaio sobre a Lucidez - José Saramago

se você já leu "ensaio sobre a cegueira" ou assistiu ao filme, precisa ler "ensaio sobre a lucidez".
é incrível como saramago consegue se superar a cada linha.
nesse livro descobrimos como estão as coisas, 4 anos depois da cegueira que atingiu todo o país.
tudo parece bem, até que a população da capital resolve votar em branco, e como vocês sabem, se a maioria dos votos é branco, é necessário que se realizem novas eleições.
mas, o que acontece se nessa nova eleição, a população continuar votando em branco? muita coisa acontece. e saramago coloca tudo isso em "ensaio sobre a lucidez".
a capital do país é abandonada e colocada em estado de sítio. o governo quer se vingar das pessoas e tira tudo delas, o que eles consideram básico para a sobrevivência, como os serviços públicos de policiamento, coleta de lixo,... mas, o ser humano sabe muito bem como sobreviver.
saramago mostra que é possível lutar sem pegar em armas. e qual a consequência dessa luta?
isso vocês só vão descobrir se lerem o livro.

5.8.11

3096 dias - natascha kampusch

acredito que todos vocês conhecem a história de natascha kampusch, a menina que passou a adolescência trancada num porão, e fugiu depois de 8 anos.
esses dias eu li o livro que ela escreveu. quando ouvia as notícias dela na TV, ficava imaginando como ela consegue sentir compaixão pelo sequestrador [síndrome de estolcomo]. mas agora que li o livro, entendi o que ela passou, na medida do possível é claro.
o livro é meio chato, repetitivo, mas ela não é escritora. o que vale mesmo é o relato, a história em si, que é inacreditável. ela conta detalhes do que aconteceu nos anos em que ela foi prisioneira.
e a lição que fica é que ela conseguiu. apesar de todos os problemas que enfrenta hoje, do trauma, que vai durar uma vida inteira, ela conseguiu, sobreviveu. é uma vencedora e tem minha admiração.

16.7.11

A Cabana - William P. Young


o que você faria se recebesse um convite de Deus para um fim de semana em um lugar nada agradável?!!!!
a cabana é basicamente isso: um encontro com Deus, com medos, dúvidas, certezas, julgamentos,...
eu já tinha escutado algumas coisas sobre esse livro, mas como não sou muito fã de bestseller, deixei pra lá, até que uma colega do trabalho mexeu com minha curiosidade e resolvi ceder a leitura.
não me arrependi e acredito que vocês também não vão.
não se preocupem, porque não é um livro religioso, não tem nada a ver com religião. é mais uma conversa que você vai ter com um amigo, pra esclarecer algumas coisinhas.
um pai em busca de paz; uma vida em busca de mais uma chance...

22.6.11

Luiz Alfredo Garcia-Roza



Garcia-Roza me apresentou ao Delegado Espinosa. Um homem assim: meio nerd/meio gostoso/ meio canalha-sem-ser entende? Sempre imagino um cara de meia idade, um sorriso charmoso, roupa descuidada. Aquele tipo para quem você não olharia duas vezes na rua, mas que na primeira oportunidade te conquista pelo papo. Sabe de tudo um pouco, tem centenas de livros empilhados nas paredes do apartamento, numa perfeita rebeldia contra as tradicionais estantes.


Consigo imaginar sua casa, seu freezer com lazagnas congeladas, a cadeira preferida, a cama por arrumar. Consigo enxergar a vista da janela para a praça, crianças jogando bola que batem em seu próprio carro que, como o meu, sempre que se precisa dele está com bateria arriada por falta de uso. Praticamente vejo sua expressão ao sair do carro resignado e apelar para um taxi.


São livros policiais, sempre com crimes em Copacabana, mulheres sensuais e misteriosas e o Espinosa - o delegado! Não tem a arrogância do Poirot, nem os olhinhos vívidos da Miss Marple, muito menos o charme das histórias inglesas. Mas tem o calor do Rio debaixo do paletó (que sempre imagino mal cortado), tem a praia, tem copacabana - em resumo: tem o nosso gingado.


Pessoal, deixa eu lhes apresentar meu amigo, delegado Espinosa. Cuidado com sua lábia. Ele só tem cara de bobo.

15.6.11

Uma janela em Copacabana - Luiz Alfredo Garcia-Roza




A teoria que elaborei na metade do livro se mostrou a mesma mostrada em seu final. Não que o livro seja previsível, acho que eu é que estou lidando demais com charadas e quebra-cabeças.


Se você gosta de um livro policial leve ou se já conhece conhece o Delegado Espinosa e seus romances sorrateiros, divirta-se. É uma excelente maneira de se esquecer de seus próprios problemas e aliviar a cabeça, assistindo assim... como eu posso dizer? de camarote em “ Uma janela em Copacabana”, os problemas e mistérios alheios.





PS: Já li 21 livros esse ano e quase não postei nada por aqui. Estou tão atrasada comigo mesma e ainda com problemas internéticos. Mas isso tudo é apenas uma desculpa. Colocarei em dia as resenhas de minhas leituras. Aguardem.

4.6.11

Comprometida – Elizabeth Gilbert

Confesso que só comprei esse livro porque ele é da mesma escritora de Comer, Rezar, Amar, que eu adoro. Queria muito saber a continuação da história da Liz e do Felipe.

O livro é isso, a continuação de Comer, Rezar, Amar. Nele ficamos sabendo que Liz e Felipe são obrigados a se casarem se quiserem continuar morando juntos nos EUA, porque ele não tem mais direito de ficar entrando e saindo do país se não tiver um visto permanente. Então, o jeito é casar. Mas, não é tão fácil assim!!!!

Eles passam quase 1 ano em outros países, esperando o visto dos EUA. Eles não queriam ficar longe um do outro e não podiam ficar juntos nos EUA, então resolvem viajar, coisa que Liz adora fazer.

Eles conhecem lugares legais e outros nem tanto, pessoas legais, e outras nem tanto. No fim da tudo certo, mas isso não é o mais importante no livro.

Quando você começa a ler, já sabe que o final vai ser feliz. O interessante mesmo, o que me fez ler as 232 páginas foi a pesquisa que Elizabeth fez sobre o casamento.

Eu não sou contra o casamento, mas também não tenho nenhuma vontade de me casar. Entendam aqui por casar como sendo aquela cerimônia na frente de um juiz ou padre, seguida por uma festa. É isso que eu não tenho a mínima vontade de fazer. Não quero assinar nenhum papel que me una a alguém. Quero me unir única e exclusivamente pelo que eu sinto. Sei que parece loucura, porque afinal de contas, se você ama alguém quer se casar, trocar alianças, fazer juras de amor na frente de amigos e familiares. Mas, eu não quero. E a Liz também não queria.

Então, ela começou a fazer várias pesquisas sobre o tema e finalmente se encontrou em tudo isso, nessa cerimônia da qual ela tanto fugiu.

Ela não casou porque o Estado a obrigou, ela casou porque amava Felipe mais do que odiava a ideia de se casar de novo. E essa é a melhor prova de amor que alguém pode dar a outra pessoa. Mais do que assinar um papel ou colocar um anel no dedo, isso significa "escolher uma única alma no meio de todas as que existem".

21.5.11

A menina que não sabia ler - John Harding

Não conhecia nenhum livro de Harding, e quando comprei "A menina que não sabia ler", imaginei que tivesse algo a ver com leitura. Mas, estava enganada. Esse é o ponto negativo do filme: a escolha do título foi equivocada.
Na verdade, o livro fala de Florence e Giles, dois irmãos que perderam os pais e vivem numa espécie de fazenda, sustentados por um tio que nunca vêem. Eles são criados por empregados da casa.
Os irmãos são muito apegados, mas chega o momento em que Giles tem que estudar em um internato, em New York. Florence fica muito triste, sozinha, mas ela tem um amigo que mora a poucos minutos de sua casa, chamado Theo.
Theo e Florence se davam bem, ele tinha uma "queda" por ela.
Depois de um tempo no internato, Giles foi mandado de volta pra casa porque ele era muito frágil e não consegui acompanhar o ritmo da escola. Então, uma preceptora foi contratada para dar aulas a ele, em casa. A preceptora morre afogada e outra professora é contratada. Aí é que começa o bom da história.
Florence acredita que a nova professora é fantasma da que morreu e quer levar seu irmão embora ou matá-lo. Ela chega a ver a professora flutuando no lago e observando-a em todos os espelhos da casa. Então, começa a por em prática um plano para salvar Giles das garras do fantasma, plano esse que conta com a participação de Theo.
Bom, o resto é com vocês. Mas vou avisando que o final é surpreendente.
Até onde pode ir o amor de uma irmã por um irmão? O que você seria capaz de fazer pra salvar a vida da pessoa que você mais ama no mundo?
A Florence fez coisas inacreditáveis e até imperdoáveis, na nossa sociedade. Mas, será que realmente existia um fantasma, ou era tudo fantasia dela?
Espero ter aguçado a curiosidade de vocês.
Boa leitura!!!

p.s.: no início do livro Florence não sabia ler. ela aprende sozinha na biblioteca da casa, logo nas primeiras páginas. acho que o título do livro vem daí. mas, bem que o autor podia ter escolhido algo melhor.

29.4.11

tudo o que eu queria te dizer - martha medeiros

esse livro foi indicação da cris e eu adorei!!!! vocês já devem ter percebido que estou num momento "terapia com martha medeiros", porque estou lendo tudo dela. não tem como não ler gente, ela é demais e os textos são tão humanos, tão reais.
nesse livro, ela escreve cartas, assume personagens que nem eu nem você jamais seremos, e outros que somos nós, sem tirar nem pôr.
as cartas não tem relação umas com as outras. cada uma tem começo, meio e fim e é compreendida por si só. me encontrei em algumas delas, no papel de remetente ou destinatário, e tenho certeza de que se você ler, também vai acabar se encontrando nessas páginas.
depois dá até vontade de comprar uns envelopes e sair escrevendo, coisas que eu nunca tive coragem de dizer, mas que agora, não sei porque, estão aqui, na superfície, prontas pra explodirem.

23.4.11

Selma e Sinatra - Martha Medeiros

mais um na minha lista da martha medeiros. vocês já devem ter percebido que a minha meta é ler todos os livros dela.
selma e sinatra é mais uma excelente terapia. nesse livro a martha fala das personagens que criamos e de como nós as contamos para os outros.
ela me fez pensar que a mentira é algo muito relativo. todos nós temos várias personagens e vamos apresentando elas de acordo com a ocasião. não quer dizer que você finja ou esconda. nós não somos um, somos vários.

Tia Júlia e o Escrevinhador - Mário Vargas Llosa


Coisas de Cris.


Capítulos entremeados entre a Tia Júlia e o Escrevinhador e só agora, quase no final do livro, que percebi isso. Sim, sou loirinha, e esses últimos dias, nem um pouco esforçada.


Podem ler porque a explicação acima só se restringe à mim. Qualquer outro mortal perceberia isso já no 3o capítulo (no máximo).


1 mês com o livro e ainda não terminei, mas já deu para perceber que o problema se encontra comigo né. Sendo assim, coloco-o como Recomendado!!!

Dia Internacional do Livro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma região semi-autônoma da Espanha.

A data começou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona.

Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.

No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.

Mais tarde, em 1996, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.

No caso do escritor inglês, tal data não é precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo, ainda utilizava o calendário juliano, pelo que havia uma diferença de 10 dias apara o calendário gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu efectivamente 10 dias depois de Cervantes.

22.4.11

Fora de mim – Martha Medeiros



A Martha virou a minha mais nova melhor amiga. É incrível como eu me identifico com o que ela escreve. Quando estou lendo seus livros mais parece que estou conversando ou fazendo análise.

“Fora de mim” mostra que amor é sempre amor, não importa se você tem 15, 20 ou 40 anos. A dor da perda e o recomeço são comuns aos apaixonados, ao ser humano. É como se alguém me dissesse: calma, sei que sua vida parece uma bagunça agora, mas isso vai passar, as coisas vão entrar no eixo de novo.

Me sinto muito bem depois de ler o que ela escreve e é por isso que vou investir na minha terapia, lendo mais livros dela.

Os livros da Martha não são só pra quem está passando por um momento ruim na vida amorosa, mas são pra todos que querem conhecer mais um pouco sobre o ser humano e se prepararem, se é que isso é possível, para as futuras desilusões, que felizmente ou infelizmente, sempre cruzam o nosso caminho.

21.4.11

Huck – Janet Elder



A história de um cachorrinho que ensinou lições sobre esperanças e finais felizes a uma família – e a uma cidade inteira.

Eu comprei Huck por causa da foto de cachorro que tem na capa do livro. Quem me conhece, pelo menos um pouco, sabe do meu amor por animais. Tenho 5 gatos e já tive cachorro também. Adoro livros e filmes sobre cachorros e, tirando aranhas e tubarões, adoro estar perto de animais.

Huck foi um presente para Michael, para ajudá-lo a enfrentar o câncer da mãe. Ele é um adolescente de 12 anos que sempre quis ter um cachorro, mas seus pais nunca deram muita atenção às súplicas pra ganhar o bichinho. Quando sua mãe descobriu que tinha câncer, disse a Michael que ele ganharia o cachorro assim que ela acabasse o tratamento. Dessa forma, Michael teve um conforto no período em que a mãe estava doente. Quando ela terminou o tratamento, ele ganhou Huck, um poodle toy abricó muito lindo.

Quando Huck já estava com 4 meses, a família resolve tirar férias e o deixa com a irmã de Janet, que mora em outra cidade, Ramsey. Depois de 1 dia o cachorro fugiu e a família cancelou as férias para procurá-lo. Foram dias bem angustiantes, mas Janet e sua família contaram com a generosidade dos moradores de Ramsey, que ajudaram na busca por Huck.

O livro é muito gostoso de se ler e pra esse feriado é uma boa pedida.

19.4.11

triângulo das águas - caio fernando abreu



fazia muito tempo que queria ter mais contato com caio fernando abreu. sempre leio alguns trechos dos textos dele por aí, em blogs, no orkut,... achava tudo muuuuuito bom, como se ele dissesse o que eu queria dizer, o que eu precisava ouvir. agora mesmo eu estava no facebook e li algumas coisas dele, tudo tão bom, parece que ele escreveu pra mim!!!!
então, na minha última ida à uma livraria, comprei dois livros dele e comecei a ler "triângulo das águas" esses dias. são três histórias, três novelas que ele coloca nesse livro. gente, confesso que me decepcionei. não é que não tenha gostado, mas não gostei, entende?!!!
li as duas primeiras histórias, e a terceira vai ficar pra outra hora, porque agora vou começar a ler Huck.
triângulo das águas é um livro em prosa, mas poético. eu gosto dos trechos isolados, mas não gosto do geral. não sei explicar. gostei desgostando.
fica a dica pra quem quiser se aventurar em caio. eu ainda não desisti, e depois que acabar de ler Huck, volto pra triângulo das águas e para o outro livro dele, que comprei. quem sabe a gente não se entende melhor!!!

16.4.11

Persuasão - Jane Austen

eu já tinha ouvido falar desse livro no filme "a casa do lago", e de repente, esses dias, ele volta à tona no blog do carlos, como dica de leitura.
o livro conta a história de anne elliot e frederick wentworth. oito anos antes da história começar, eles dois se apaixonam, mas não ficam juntos porque anne é rica e frederick é pobre. passam-se oito anos e a história começa, com eles dois em situações inversas: ele rico e ela com problemas financeiros.
será que o amor resistiu depois de tanto tempo? será que o orgulho ferido de frederick se curou do desprezo de anne?
persuasão é um livro que fala de amor, mas principalmente do ser humano, da sociedade preconceituosa que, infelizmente, ainda encontramos nos dias de hoje.

31.3.11






















Estou numa fase nostálgica e por isso reli dois livros nesse fim de semana: O amor pode esperar e A marca de uma lágrima, de Katherine Applegate e Pedro Bandeira, respectivamente.

Os dois livros contam a história de um triângulo amoroso, duas amigas apaixonadas pelo mesmo garoto.

Quanto uma amizade é forte? Quais obstáculos a amizade é capaz de superar?

São duas histórias adolescentes, água com açúcar, como dizem. Mas, eu gostei de reler. É bom chegar ao final feliz que todo mundo quer pra vida real.

Nos dois romances o amor “ganha” e a amizade também. De uma forma ou de outra, que eu não vou contar aqui pra não estragar uma possível leitura de vocês, tudo dá certo. Depois das dores, da frustração, da angústia, tudo dá certo, o amor e a amizade acham um meio.


25.3.11

Divã - Martha Medeiros

Li Divã em um fôlego só. é um livro ótimo, divertido, emocionante. foi meu primeiro contato com Martha Medeiros e já estou louca por mais!!!!
O livro conta a história de Mercedes, uma mulher casada, com filhos, que já passou dos 40. A vida parece ótima, mas falta alguma coisa. e é exatamente o que falta que ela vai procurar na terapia.
Você não precisa ter 40, ser casada ou ter filhos pra se identificar com a história. Parece que ela escreveu pra mim...

p.s.: ainda não assisti ao filme e nem a peça. mas farei isso assim que possível.

28.1.11

O Voô da Gaivota - Patrícia - Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho

A morte é um mistério e todos sabemos disso. Diante, de tantas filosofias, crenças, religiões, crer em algo, ter a fé, que nos coloque frente à certeza, nos enche de dúvidas, buscar respostas para isso, é incessante ao ser humano.
Quando meu pai partiu há 16anos atrás, todas as dúvidas possíveis vieram na minha cabeça, dúvidas essas, que me colocaram apreensiva, de como, onde, ele estava.
Aos 12 anos, li Violetas na Janela, do mesmo espírito, e da mesma médium que psicografou este. Livro pelo qual desde o seu lançamento a vendagem só aumenta.
Ao perdemos um ente-querido, a tristeza e desolação é infinita, o grande vazio que fica, custa a se conformar e entender a partida necessária ou não.
Dentro do espiritismo, encontrei respostas, para as minhas dúvidas, conforto e finalmente conformismo, para uma coisa que faz parte da vida, essa que apenas é apenas uma passagem, se estendendo a outro lugar, depois da morte.
Por diversas vezes, não conseguimos compreender, o porque que algumas pessoas, se desviam de seus caminhos certos. Jovens que antes eram saudáveis envolvem-se com drogas, pessoas com comportamentos estranhos, alucinações, traumas, ou aqueles que matam, suicidam-se e fazem todo mal, achando que a punição nunca chegará.
Neste livro, explica e exemplifica diversos casos, pelos quais citei, entre outros. Mostrando também, o arrependimento, desprendimento da vida terrena, sendo que a melhor e mais potente forma de sermos felizes é o amor e o perdão. Leitura fascinante e esclarecedora.