22.6.11

Luiz Alfredo Garcia-Roza



Garcia-Roza me apresentou ao Delegado Espinosa. Um homem assim: meio nerd/meio gostoso/ meio canalha-sem-ser entende? Sempre imagino um cara de meia idade, um sorriso charmoso, roupa descuidada. Aquele tipo para quem você não olharia duas vezes na rua, mas que na primeira oportunidade te conquista pelo papo. Sabe de tudo um pouco, tem centenas de livros empilhados nas paredes do apartamento, numa perfeita rebeldia contra as tradicionais estantes.


Consigo imaginar sua casa, seu freezer com lazagnas congeladas, a cadeira preferida, a cama por arrumar. Consigo enxergar a vista da janela para a praça, crianças jogando bola que batem em seu próprio carro que, como o meu, sempre que se precisa dele está com bateria arriada por falta de uso. Praticamente vejo sua expressão ao sair do carro resignado e apelar para um taxi.


São livros policiais, sempre com crimes em Copacabana, mulheres sensuais e misteriosas e o Espinosa - o delegado! Não tem a arrogância do Poirot, nem os olhinhos vívidos da Miss Marple, muito menos o charme das histórias inglesas. Mas tem o calor do Rio debaixo do paletó (que sempre imagino mal cortado), tem a praia, tem copacabana - em resumo: tem o nosso gingado.


Pessoal, deixa eu lhes apresentar meu amigo, delegado Espinosa. Cuidado com sua lábia. Ele só tem cara de bobo.

15.6.11

Uma janela em Copacabana - Luiz Alfredo Garcia-Roza




A teoria que elaborei na metade do livro se mostrou a mesma mostrada em seu final. Não que o livro seja previsível, acho que eu é que estou lidando demais com charadas e quebra-cabeças.


Se você gosta de um livro policial leve ou se já conhece conhece o Delegado Espinosa e seus romances sorrateiros, divirta-se. É uma excelente maneira de se esquecer de seus próprios problemas e aliviar a cabeça, assistindo assim... como eu posso dizer? de camarote em “ Uma janela em Copacabana”, os problemas e mistérios alheios.





PS: Já li 21 livros esse ano e quase não postei nada por aqui. Estou tão atrasada comigo mesma e ainda com problemas internéticos. Mas isso tudo é apenas uma desculpa. Colocarei em dia as resenhas de minhas leituras. Aguardem.

4.6.11

Comprometida – Elizabeth Gilbert

Confesso que só comprei esse livro porque ele é da mesma escritora de Comer, Rezar, Amar, que eu adoro. Queria muito saber a continuação da história da Liz e do Felipe.

O livro é isso, a continuação de Comer, Rezar, Amar. Nele ficamos sabendo que Liz e Felipe são obrigados a se casarem se quiserem continuar morando juntos nos EUA, porque ele não tem mais direito de ficar entrando e saindo do país se não tiver um visto permanente. Então, o jeito é casar. Mas, não é tão fácil assim!!!!

Eles passam quase 1 ano em outros países, esperando o visto dos EUA. Eles não queriam ficar longe um do outro e não podiam ficar juntos nos EUA, então resolvem viajar, coisa que Liz adora fazer.

Eles conhecem lugares legais e outros nem tanto, pessoas legais, e outras nem tanto. No fim da tudo certo, mas isso não é o mais importante no livro.

Quando você começa a ler, já sabe que o final vai ser feliz. O interessante mesmo, o que me fez ler as 232 páginas foi a pesquisa que Elizabeth fez sobre o casamento.

Eu não sou contra o casamento, mas também não tenho nenhuma vontade de me casar. Entendam aqui por casar como sendo aquela cerimônia na frente de um juiz ou padre, seguida por uma festa. É isso que eu não tenho a mínima vontade de fazer. Não quero assinar nenhum papel que me una a alguém. Quero me unir única e exclusivamente pelo que eu sinto. Sei que parece loucura, porque afinal de contas, se você ama alguém quer se casar, trocar alianças, fazer juras de amor na frente de amigos e familiares. Mas, eu não quero. E a Liz também não queria.

Então, ela começou a fazer várias pesquisas sobre o tema e finalmente se encontrou em tudo isso, nessa cerimônia da qual ela tanto fugiu.

Ela não casou porque o Estado a obrigou, ela casou porque amava Felipe mais do que odiava a ideia de se casar de novo. E essa é a melhor prova de amor que alguém pode dar a outra pessoa. Mais do que assinar um papel ou colocar um anel no dedo, isso significa "escolher uma única alma no meio de todas as que existem".